Administração
Murillo de Aragão - Cientista político e presidente da Arko Advice Pesquisas
10/01/12 07:20
P ouco a nte s d o a ta q ue j a p onê s a P e a rl H a r b or, e m 1 9 4 1 , a Du P ont se p e rgunta va o q ue fa z e r com os p rod utos q ue ha via d e se nvolvid o p a ra o e sforço d e gue rra q ue se a p roxima va . A empresa estava empenhada em produzir matéria-prima para roupas e paraquedas, entre outros usos. No final das contas, o nylon e a lycra resultaram em enormes lucros para a multinacional no pós-guerra, pois serviram para produzir inúmeros bens de consumo. A DuPont é uma entre as centenas de empresas norte-americanas que demonstram imensa capacidade de inovar. Nos dias de hoje, talvez o exemplo mais evidente dessa capacidade seja a Apple, assim como, anos atrás, foram destaque a Microsoft, a IBM e a Xerox. A Apple não deixa de apregoar que seus produtos, mesmo sendo feitos na China, seguem um design elaborado na Califórnia. Muitas das inovações norte-americanas terminam com o carimbo "made in China" por conta dos custos, mas são produtos inventados nos Estados Unidos. Enquanto o mundo apregoa a decadência dos Estados Unidos, milhares de empreendimentos desse país ainda produzem inovação. E vai continuar assim por muitos anos. No xadrez mundial, os países têm que oferecer algo que seja consumido pelos demais. Sejam produtos industrializados, serviços ou commodities. O Brasil se destaca no campo das commodities e até mesmo na exportação de alguns manufaturados. Continuaremos a produzir petróleo e seremos um dos principais exportadores do produto em um planeta que continuará a consumir combustíveis fósseis. No entanto, não podemos prosseguir tão dependentes assim de commodities. Uma boa notícia é que em 2011 foram solicitadas mais patentes no Brasil do que no ano anterior. Até o dia 20 de dezembro de 2011, havia 30.617 pedidos, contra 28.052 em 2010. O mesmo sucedeu com o registro de marcas, que ultrapassou a marca de 140 mil