Administração

TEORIAS DE ADMINISTRAÇÃO

V ESCOLA BUROCRÁTICA

PROF. DEMERVAL

1. INTRODUÇÃO

1.1. A burocracia pode ser considerada como um produto das necessidades econômicas do início do século XX, embora possamos encontrar organizações com atribuições semelhantes desde o antigo Egito até a China (conforme assinala Maurício Tratenberg).

1.2. Um dos principais teóricos da Burocracia foi MAX WEBER nos anos 20, suas obras foram traduzidas para o inglês nos anos 40.

1.3. Não devemos confundir a noção de senso comum de Burocracia, relacionada às suas disfunções (rigidez, excesso de normas e procedimentos), com a proposta original de WEBER.

1.4. Mais precisamente, a difusão da Burocracia, enquanto instrumento de gestão pública, acelerou-se desde a era vitoriana (final do século XIX), com o vasto crescimento do aparelho de Estado colonial britânico e das demais potências imperialistas européias.

1.5. Note-se também a sua grande expansão nos anos 40 em função do crescente tamanho e complexidade das funções públicas nos anos da II Guerra Mundial, a saber: novas atribuições do Estado que compreendiam desde o controle de preços até o racionamento de produtos de primeira necessidade como alimentos, matérias primas e combustíveis.

1.6. Ao mesmo tempo, a adoção de modelos burocráticos pretendia ser um instrumento de difusão de racionalidade não apenas na administração pública, mas também na administração privada. A sua adoção, além de ser uma crítica às escolas clássicas de administração (as relações de mando implícitas na hierarquia que não podiam ser contestadas), já revelava os problemas dos excessos que as vastas estruturas administrativas estavam criando nos anos 40.

1.7. Por esse motivo, os comportamentos organizacionais dos seus membros passaram a ser minuciosamente definidos (com as atribuições e deveres descritos formalmente em detalhes) e a racionalidade adotada pelas empresas, entendida como a adequação dos meios de controle aos seus fins,