administração
Nada acontece por acaso, e na questão das drogas também se aplica esta premissa, pois se ela está presente na sociedade é porque existiu e existem causas. Essa abertura vai muito além do simples usuário final (viciado), pois o processo passa por todas as grandes teias que formam o tecido social, tais como a cultura, a educação , os níveis de desenvolvimento econômico e social, a maturidade do exercício político, as diferenças nos índices de concentração de renda entre o mais ricos e os mais pobres, o grau de honestidade e ética (valores, princípios) das pessoas e das instituições que compõe a sociedade, bem como, as próprias religiões também podem ter envolvimentos com essa questão. Neste trabalho, além de mostrar as questões que geralmente estão no censo comum da questão das drogas, como a preocupação focada no usuário final e suas consequências (viciado, traficante, doenças, roubo, morte, repressão policial, tentativa de recuperação dos viciados, etc...), vamos mostrar que essas questões são na verdade, os efeitos, as consequências, a ponta do iciberg de uma problemática muito mais profunda, na medida que as drogas envolvem muito mais que o traficante no beco de uma vila, ou num apartamento de luxo, vendendo o seu produto (cocaína, heroína, crack, maconha, alucinógenos, etc..) para um usuário final/viciado, seja ele de classe pobre ou rico. Veremos que por traz de tudo isso existe uma participação de representantes de todas as instituições que aprendemos a acreditar como sendo àquelas que nos defenderiam, que protegeriam, que manteria de pé os valores nobres que qualquer sociedade busca em sua essência, e que vemos agora como entorpecida, escrava e viciada em defender interesses pessoais, relegando o seu povo a experimentar as consequências de vícios que modificam e acabam não só com as vidas da pessoas que usas, mas de suas famílias e de seus relacionamento sociais,