Administração
Autoria: Daniela Campos Bahia Moscon, Antonio Virgílio Bittencourt Bastos, Janice Janissek de Souza
Resumo O objetivo deste artigo é compreender como a avaliação dos gestores acerca de perfil de comprometimento dos seus empregados se relaciona com diferentes estratégias cotidianas de gestão de pessoas. Para tanto, realizou-se uma entrevista semi-estruturada com questões abertas e outras mais diretivas com um grupo de oito gestores de duas diferentes organizações de médio/ grande porte da região metropolitana de Salvador/BA, durante os meses de setembro e outubro de 2008. Os dados coletados foram avaliados a partir do procedimento de análise de conteúdo e os resultados apresentados com o auxílio de figuras e quadros. Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter compreensivo. A partir da análise dos resultados obtidos, conclui-se que diferentes compreensões acerca do comprometimento se associam a decisões também diferenciadas em relação à gestão de pessoas, embora isso não ocorra em todas as situações a que são submetidos os gestores em seu dia-a-dia de trabalho. Apesar de, em todos os casos observados, perceber-se que os gestores relacionam o próprio conceito de comprometimento à sua base afetiva e consideram o comprometimento instrumental como sendo a sua antítese, isto nem sempre influencia nas suas escolhas cotidianas em relação à sua equipe. Em algumas situações eles optam pela estratégia de não diferenciação, acreditando que desta forma possam estar sendo mais justos ou contribuindo para o desenvolvimento do comprometimento afetivo do empregado, em uma relação circular onde a consequência do comprometimento (ter mais oportunidades de desenvolvimento), acaba se tornando seu antecedente. Este estudo contribui para a sólida pesquisa que já vem sendo desenvolvida no Brasil sobre comprometimento a partir de duas perspectivas ainda