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Livro VI
Nos cinco Livros anteriores, foi falado que se deve preferir o meio-termo e não o excesso ou falta. Esse meio termo é determinado por ditames da reta razão. Aristóteles dividiu as virtudes da alma e afirmou e que algumas são virtudes do caráter e outras do intelecto. Antes de falar dessas virtudes, vale fazer algumas observações sobre a alma humana. Foi falado anteriormente que a alma tem duas partes: a que concebe um principio racional ou regra, e a privada da razão. A virtude de algo se relaciona com o seu funcionamento apropriado, e são três os elementos da alma que controlam a ação e a verdade: sensação, razão e desejo. Dos três, a sensação não é principio de qualquer ação refletida, sendo demonstrado pelo fato de os animais inferiores possuírem sensação, mas, não agirem refletidamente. Para analisar mais a fundo as disposições acerca da virtude da alma, considera-se por estabelecido que são cinco as disposições em virtude das quais a alma possui a verdade, seja ela negando ou afirmando: a arte, o conhecimento cientifico, a sabedoria pratica, a sabedoria filosófica e a razão intuitiva. Dos cinco mencionados acima, o conhecimento cientifico é basicamente o mais fácil de ser compreendido, até mesmo porque pra ele existir, tem-se a necessidade de fatos concretos e prováveis, não tendo muito foco na questão de filosofar, indagar o porquê de algo. Uma prova disso é que todos nós supomos que aquilo que conhecemos cientificamente não é capaz de ser de outra forma. A indução é o ponto de partida que o próprio conhecimento do universal pressupõe. Na classe das coisas variáveis, estão incluídas tanto as coisas produzidas como as coisas praticadas, pois existe diferença entre produzir e agir. Toda arte relaciona-se à criação e ocupa-se em inventar e em estudar as maneiras de produzir alguma coisa que pode existir ou não, e cuja origem está em quem produz e não no que é produzido. Por fim, a arte deve ser