Administração pública
Em análise aos capítulos 1 e 2 do livro Novos Horizontes para a Gestão Pública de Rafael Antônio Baldo e o artigo cara e coroa: os dois Lados da Burocracia, observamos que a burocracia está presente em toda organização oferecendo vantagens e desvantagens, influenciando diretamente na vida dos indivíduos que utilizam e dependem deste sistema, sendo assim, é possível perceber que todo ser humano é usuário de algum sistema burocrático.
Tanto o livro, como o artigo, concordam que a teoria da burocracia foi formalizada por Max Weber e partindo da premissa de que o traço mais relevante da sociedade ocidental, no século XX, era o agrupamento social em organizações, procurou fazer um mapeamento de como se estabelece o poder nessas entidades. Construiu um modelo ideal, no qual as organizações são caracterizadas por cargos formalmente bem definidos e ordem hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades igualmente delimitadas. Assim, Weber cunhou a expressão burocrática para representar esse tipo ideal de organização, porém ao fazê-lo, não estava pensando se o fenômeno burocrático era bom ou mau. Weber propôs a burocracia como sinônima de organização eficiente por excelência e para conseguir eficiência, a burocracia mostra nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas. O tipo ideal de burocracia se tratava de um sistema racional, um instrumental que procurava organizar de forma estável (invariável) e duradoura (constante) a cooperação humana (equipe de trabalho) para o alcance de objetivos explícitos e formalizados.
Convém ressaltar que as concepções enfocadas por Weber tiveram influência fundamental no estudo da Administração Pública que, por ser uma instituição e adotar a forma de organização burocrática nas suas atividades típicas e essenciais, constitui o campo lógico e natural de aplicação do enfoque Weberiano. Mas não é só nas repartições públicas que o