Administração japonesa
Escrito por Milena Queiroz Gonçalves Santos
Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, encontramos um povo decidido a apagar as lembranças do período anterior e uma nação em busca de prosperidade. Uma nova visão de poder se instala: não mais expansão através do poderio militar, mas através do poder econômico. Þ Apesar dos rigores da intervenção, particularmente nos aspectos econômicos, o Japão acaba se beneficiando da guerra fria entre EUA e a ex-URSS. A fim de manter um forte aliado no Oriente, algumas exigências da intervenção americana são afrouxadas, permitindo a ascensão dos keiretsu (trustes industriais japoneses, que nos EUA não seriam permitidos pela legislação). Þ Este período pós-guerra caracteriza-se por uma crise generalizada, que cede com a consolidação do que se considera os três pilares da recuperação do país em pouco mais de duas décadas: um partido político forte consolidado no poder, paz trabalhista e unificação do povo. Some-se a isso o compromisso do governo com a educação, além da valorização cultural da instrução; uma alta taxa de poupança interna; a ampla utilização dos serviços de consultoria para o desenvolvimento empresarial; a compra de tecnologia e a manutenção da essência de valores culturais seculares, apesar do processo de ocidentalização do estilo de vida ocorrido a partir do início da restauração. Þ O sistema de produção japonês, tal como é estruturado atualmente, surgiu nos vinte e cinco anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, na Toyota Motor Co. Seu maior idealizador foi o engenheiro Taiichi Ohno. Daí decorrem as duas denominações do método: Sistema Toyota de Produção ou Ohnoísmo. Þ São características básicas do Ohnoísmo:
· Just-in-Time - sincronização do fluxo de produção, dos fornecedores aos clientes. · Kanban - sistema de informação visual, que aciona e controla a produção. · Muda - busca da eliminação total de qualquer tipo de desperdício. · Kaizen -