Administração financeira
A hora e a vez do
Middle Market
Empresas brasileiras crescem junto com o Brasil e enfrentam o desafio de lidar com a progressiva complexidade do mundo dos negócios
Charles Krieck, sóciolíder da KPMG no Brasil na área de Industrial
Markets
12 Mercado
O grande aumento da concorrência em todos os tipos de mercado é uma característica básica do mundo globalizado. Assim, as empresas precisam cada vez mais encontrar fórmulas para aumentar sua produtividade e lucratividade. O Brasil não foge a essa regra. Depois de ter amargado décadas de hiperinflação, endividamento e estagnação, o país vive já há alguns anos tempos prósperos – um período de estabilidade acompanhado por um crescimento econômico sustentado.
Ao entrar pela porta da frente da economia mundial, o Brasil deparouse com um cenário caracterizado por uma crescente complexidade
– nos negócios, de legislação e regulamentação, nas relações entre empresas, países e governos.
Tal situação, paradoxalmente, coloca um novo desafio para as empresas brasileiras. Agora, não é mais sobreviver em um ambiente econômico inóspito, mas, sim, vencer as complexidades da economia
moderna para desempenhar um papel de destaque, no Brasil e mesmo globalmente. Principalmente para as empresas do chamado Middle Market, que cresceram em ritmo acelerado.
“O termo Middle Market, neste caso, não se refere ao tamanho da companhia. Mas, sim, a todas as organizações que precisam de ajuda para enfrentar as complexidades da economia moderna. O crescimento considerável do país fez florescer em todos os estados uma grande
quantidade de empresas – que normalmente são pequenas e médias, mas o termo está longe de se restringir a elas – que enfrentam os desafios naturais surgidos a partir do seu próprio crescimento”, explica Charles Krieck, sócio-líder da KPMG no Brasil na área de Industrial Markets.
Esse processo ocorreu em todos os países que apresentaram crescimento