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1 - Qual a contribuição da Filosofia para a Psicologia?
Para que se possa conhecer uma teoria ou uma ciência é sempre necessário contextualizarmos, ou seja, conhecermos o contexto histórico, econômico e social no qual tal teoria ou ciência foi constituída. Assim como nós temos uma história de vida e que, para que alguém possa nos conhecer tem que saber dessa história, o mesmo ocorre com a psicologia, ou qualquer outra ciência.
O surgimento da psicologia está associado a incansável necessidade do ser humano conhecer a si mesmo, tendo como propósito o entendimento do que hoje chamamos subjetividade, bem como a interpretação desta na sua relação com o mundo e com outros homens. Assim, sua constituição teve como objetivo compreender as ações, as atitudes, os comportamentos e tantos outros estados subjetivos humanos que se revelam dinamicamente na relação dos homens entre si no mundo em que vivem.
É na história da filosofia que vamos encontrar a pré-história da psicologia, pois assim como outras ciências, a sua existência é resultado de uma independência gradual, que foi conquistada a partir de sua matriz inicial, ou seja, a filosofia. Assim, não se pode recuperar a história da psicologia sem se entender a filosofia como primeiro modo de produção do pensamento humano racional, assim como das primeiras dúvidas do homem sobre o mundo.
A psicologia vai ganhando formato através do discurso metafísico1 baseado na dicotomia corpo-alma. A palavra psicologia nasce do conceito de alma, onde reside sua raiz etimológica: psiché (alma) + logos (razão, estudo), ou seja, passa a ser conhecida como a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano e animal. É portanto, entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de se sistematizar a psicologia como o “estudo da alma”, visto que era a alma, como