Administração da Grécia
Espaço Político na Grécia Clássica Os espaços do poder na Pólis: leis, discussões e rebeliões Uma das características da vida política na Grécia eram as assembléias. Desde o período homérico o rei contava com a assembléia para saber a opinião dos seus comandados e se queria argumentar sobre suas decisões. Apesar de permitir a expressão das opiniões, a assembléia não decidia nada. Era um lugar de discussão, não de deliberação. Essa cabia unicamente ao rei.Todos os membros do oikos podiam participar, embora só manifestassem sua opinião aqueles que pudessem pretender o cargo de rei. Para isso deviam possuir terras e aglutinar em torno de si seus agregados e alguns outros senhores que lhes devessem favores e hospedagem. A principal função do rei era proteger a comunidade dos ataques estrangeiros, organizando-a para a defesa, construindo muralhas e dirigindo os combates. Formou-se, assim, uma aristocracia de guerreiros, pessoas que agiam com toda a coragem para cumprir grandes feitos, muitas vezes determinados por oráculos, para o que tomavam atitudes emocionais e ousadas, que os levavam ao combate e nunca ao acordo, desvalorizando a ponderação, os heróis. É que a defesa de um direito era questão privada, e, quem se sentisse lesado devia tomar as medidas necessárias para resolver a questão.Porém, por várias razões, a pólis substituiu o oikos. No caso de Atenas, isso aconteceu quando os chefes guerreiros passaram a conviver com outros grupos que cresceram em importância econômica, como os comerciantes e os artesãos. No caso de Esparta, porque foram dominados e conviviam no mesmo espaço com os dominadores, apesar de manterem as características próprias. Assim, o poder aristocrático passou a sofrer contestações, que se agravavam nos momentos de crise econômica. Esses problemas, em Atenas, foram resolvidos pelas migrações e