Administração científica e clássica
A visão dos homens que construíram a base da gestão organizacional moderna.
Velcimiro Inácio Maia
Resumo A teoria organizacional tem seus primórdios em antecedentes religiosos, filosóficos, políticos, militares, econômicos, ideológicos e mesmo sociais. Mas somente no início do século XX o termo “administração” entrou em voga nos ciclos empresariais. O esforço em tornar a administração uma ciência, em retirar das mãos do operário o planejamento e o controle da produção, eram mais do que uma obsessão de homens como Frederick Winslow Taylor, era uma necessidade do mundo capitalista que se erguia. Uma análise sucinta sobre a vida e obra dos principais nomes da administração clássica e científica, como Taylor, Fayol e Ford, além de uma breve discussão sobre a cientificidade de seus trabalhos a partir da visão popperiana, serão os objetivos deste texto. Da reflexão proposta neste texto podem fluir inferências acerca da importância do taylorismo, mais do que uma teoria administrativa, mas como uma ideologia que rege o mundo capitalista.
Palavras-chave
Taylor , taylorismo, Fayol, fayolismo, administração científica e clássica, Ford, visão popperiana e taylorismo.
1 Introdução Frederick Winslow Taylor viveu nos Estados Unidos da América de 1856 a 1915. Foi um obstinado precursor da ciência administrativa e seus esforços em criar uma “gestão científica” tornou seu nome inexoravelmente ligado ao controle gerencial e ao modo mecanicista da vida industrial moderna. O taylorismo, como ficou conhecida sua doutrina, foi certamente crucial para o desenvolvimento industrial do mundo moderno e, principalmente, da indústria americana. Para os detratores e críticos mais severos, Taylor foi um facínora do ser humano. Para estes, o movimento mecanicista reduzia o homem a um simples autômato, ou apêndice das máquinas. A própria alegoria de “Schmidt”, como será visto mais à frente com maiores detalhes, simbolizou a visão