Administraçao japonesa
BIBLIOGRÁFICA
,..,
ADMINISTRAÇAO JAPONESA
• Alberto I. Sugo
Professor do Departamento de Administração
Recursos Humanos da EAESP/FGV.
Geral e
APRESENTAÇÃO
O
interesse na Administração Japonesa, respaldado pelo sucesso japonês, tem sido realimentado constantemente pela publicação de um grande número de artigos e reportagens, formando o que Keys e Miller (ver ref.
077) chamam de "Selva da Teoria Gerencial Japonesa".
Essa renovação constante e variada da literatura impõe a condição de ser necessariamente temporária e genérica qualquer tentativa de levantamento bibliográfico.
No entanto, essa listagem de parte da produção sobre o tema permite a leitura ou o corte adequado para os vários tipos de interessados na Administração Japonesa.
Aberta a possibilidade de se trilhar e abrir qualquer caminho dentro da "selva", sugeriremos, a seguir, um roteiro de leituras.
Tentaremos traçar os contornos gerais do contexto japonês (sua história e cultura), do seu conteúdo (características principais do modelo japonês de gestão) e alguns desenvolvimentos recentes da administração japonesa.
CULTURA E HISTÓRIA DO JAPÃO
É comum encontrarmos na literatura a idéia de que as práticas gerenciais japonesas são produtos únicos da cul-
Revista de Administração de Empresas
tura e história japonesa, o que pode levar, com freqüência, a negar a transferência, com sucesso, das receitas gerenciais japonesas para outros países.
Basicamente, sobre essa polêmica temos duas posturas: a da convergência cultural e a do paralelismo cultural.
A primeira entende que as forças da industrialização, ou do processo de acumulação capitalista, levariam necessariamente à mesma forma de gestão capitalista do tipo norte-americano, implicando que formas de gestão ligadas a modos de produção antigos ou pré-capitalistas seriam resquícios de sistemas anacrônicos, que seriam, cedo ou tarde, substituídos.
Essa posição prevaleceu até o início das pesquisas dos