Administrativos
Professor Reinaldo Canto
A tragédia dos comuns
De Garret Hardin
A tragédia dos comuns é um tipo de armadilha social, frequentemente econômica, que envolve um conflito entre interesses individuais e o bem comum no uso de recursos finitos. Ela declara que o livre acesso e a demanda irrestrita de um recurso finito termina por condenar estruturalmente o recurso por conta de sua superexploração. O conceito foi estendido e popularizado por Garrett Hardin no ensaio “The Tragedy of the Commons”, publicado em 1968 na revista científica Science. Todavia, a teoria propriamente dita é tão antiga quanto Tucídides e Aristóteles.
Garret Hardin argumenta contra a confiança na consciência como um meio de policiar e resguardar os bens comuns, sugerindo que isto favorece os indivíduos egoístas e não aqueles de grande previdência. Para ilustrar, apresenta um exemplo hipotético de uma pastagem compartilhada. A princípio, assume-se que os pastores desejem maximizar a produção, e que assim aumentarão o tamanho do rebanho sempre que for possível.
Com isso, a pastagem é ligeiramente degradada por cada animal adicional e o pastor individual ganha todas as vantagens, mas as desvantagens – ou seriam os prejuízos? – são compartilhados entre todos os pastores que usam a pastagem. Pode-se considerar a atmosfera, os oceanos, os rios, os parques nacionais como exemplos de bens comuns contemporâneos e, ainda, o dinheiro arrecadado pelo estado com imposto pagos pelos cidadãos. Usar estes recursos de forma indiscriminada é tragédia anunciada.
Corrupção, clientelismo e corporativismo são exemplos de mazelas em cujo fundamento se encontra o egoísmo.
Libertários e liberais clássicos frequentemente citam a tragédia dos comuns como um exemplo clássico do que acontece quando os direitos de propriedade são mal definidos ou são proibidos por um governo. Estas pessoas argumentam que a solução para a tragédia dos comuns é permitir que