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A pobreza não consiste em ter apenas pouco dinheiro, mas, está relacionada com diversas dimensões da condição humana. Como observa Matsuura (2002, p. 16) pode-se ser pobre também por ter menos acesso à informações, menos acesso a bens universais como educação e saúde, não ter direito a transporte, a moradia, a lazer, a tempo para descanso. Mais de 113 milhões de crianças não têm acesso à educação fundamental, e um sexto da população mundial com mais de 15 anos não sabe ler e escrever. No que se refere à distribuição de renda no país, é possível notar que a idéia de pobreza está associada à condições de vida inadequadas decorrentes de baixos rendimentos. A pobreza pertence à um fenômeno complexo, que exige atitudes complexas e efetivas por parte do Estado. É preciso que haja políticas sociais, contudo, distribuir um valor mensal para a população de baixa renda (como no caso da renda família, por exemplo em que o Governo distribui um valor mensal para as famílias inscritas no programa) é uma alternativa paliativa. Entretanto, acreditamos que é preciso investir em empregos e, sobretudo, em educação, afinal, as evidências empíricas de que se dispõem permitem correlacionar de forma inequívoca pobreza e baixo nível de escolaridade. Mas, mesmo sendo uma medida paliativa alguns investimentos sociais do Governo têm apresentado resultados positivos, como é o caso do Bolsa Escola que é superior aos programas de renda mínima porque integra, de forma estratégica, complementação de renda ao acesso universal à educação, bem como combate a evasão escolar. Isto é, incide diretamente no combate à pobreza, bem como na melhoria dos índices de escolaridade e interfere diretamente nos ciclos geracionais de pobreza. Evidentemente, se associada a outras políticas, torna-se o maior e mais robusto programa de combate à pobreza até então pensado e aplicado. É certo que o baixo nível de escolaridade não faz com que a pessoa esteja destinada a ser