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| TRADIÇÃO & INOVAÇÃO • ECONOMIA VERDE E INCLUSIVA
GVEXECUTIVO • V 13 • N 1 • JAN/JUN 2014
ECONOMIA VERDE
E INCLUSIVA
COMO EQUACIONAR DESENVOLVIMENTO, IGUALDADE SOCIAL E LIMITES
AMBIENTAIS? PROPOSTAS RECENTES VÃO ALÉM DA QUESTÃO ÉTICA E
APONTAM CAMINHOS QUE COMBINEM BEM-ESTAR E DINAMISMO ECONÔMICO
E
| POR ISABELA BALEEIRO CURADO + ARON BELINKY
codesenvolvimento, desenvolvimento sustentável, economia verde... esses termos traduzem a preocupação com os desafios socioambientais, com a necessidade de incorporar a discussão sobre os limites à exploração dos recursos naturais ― tanto na formulação de políticas públicas quanto nas estratégias de iniciativas privadas ― e com a ideia de construção de um sistema mais justo, inclusivo e igualitário.
Neste texto, trazemos à tona um tema que tem se revelado vital para o sucesso dos empreendimentos privados e públicos, incentivando-os a tomar atitudes que transformem consciência em ação e ameaça em oportunidade.
HISTÓRICO
O conceito de Ecodesenvolvimento foi introduzido na
Conferência de Estocolmo (1972). Desenvolvido posteriormente pelo economista Ignacy Sachs (1974), compreende cinco dimensões da sustentabilidade: social, econômica, ecológica, espacial e cultural.
A partir da década de 1980, o termo Ecodesenvolvimento foi substituído por Desenvolvimento Sustentável, incorporando os seguintes princípios: integração da conservação da natureza com o desenvolvimento, satisfação das necessidades humanas fundamentais, busca de justiça e equidade social, aceitação da autodeterminação e diversidade social e, por fim, manuten ção da integridade ecológica. Na preparação para a Eco 92, o Relatório Brundtland (1987) consolida o conceito, sintetizando-o na famosa frase: “Desenvolvimento que responde às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades”.
Mais recentemente, ganhou evidência o