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O interesse sobre o estudo de como são aprendidas as línguas estrangeiras intensificou-se após a década de 1960, em grande parte porque fenômenos como a globalização e o advento da rede mundial de computadores impulsionaram o estudo de tais línguas pela necessidade de um maior intercâmbio entre os povos. Para referir-se a tais estudos, cunhou-se o termo aquisição de segunda língua, cujo significado, ainda que pareça claro, requer alguns esclarecimentos.
O termo ‘segunda’ também não restringe tal estudo apenas às línguas estrangeiras aprendidas em conseqüência de uma vivência no exterior, ou seja, no país onde aquela língua é L1; L2 remete genericamente a qualquer língua estrangeira, mesmo as que aprendemos por meio de educação formal em sala de aula. Pode-se definir aquisição de L2 como a forma pela qual as pessoas aprendem outras línguas que não a sua L1, dentro ou fora de sala de aula e ASL como o estudo de tal ocorrência. Um dos caminhos mais comuns percorridos pelos pesquisadores em ASL é a coleta e análise de amostras do que chamam de linguagem do aprendiz — a língua que os alunos produzem quando são solicitados a usar a L2 em tarefas de fala ou escrita. Tais amostras fornecem aos pesquisadores evidências sobre o que os aprendizes sabem sobre a língua que buscam aprender (chamada nos estudos de língua-alvo).
Um dos focos que pode ser aplicado a tais estudos em geral reside na forma pela qual a habilidade de comunicação em L2 desenvolve-se e de que forma o aluno torna-se mais fluente em seu uso da L2. A ASL, contudo, não tem focado seus estudos nesses aspectos comunicativos do desenvolvimento lingüístico mas em aspectos particulares da língua nos quais os lingüistas têm tradicionalmente se concentrado. Por exemplo, há estudos sobre a pronúncia dos alunos em L2 e sobre como o sotaque modificou-se ao longo da aprendizagem. Outros estudos tratam sobre a construção do vocabulário em L2 ou sobre a evolução da habilidade dos alunos em