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Definição
Embora inúmeras pesquisas ainda venham sendo desenvolvidas para definirmos o que seja o autismo, desde a primeira descrição feita por Kanner em 1943 existe um consenso em torno do entendimento de que o que caracteriza o autismo são aspectos observáveis que indicam déficits na comunicação e na interação social, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse. Essas características estão presentes antes dos 3 anos de idade, e atingem 0,6% da população, sendo quatro vezes mais comuns em meninos do que em meninas.
A noção de espectro do autismo foi descrita por Lorna Wing em 1988, e sugere que as características do autismo variam de acordo com o desenvolvimento cognitivo; assim, em um extremo temos os quadros de autismo associados à deficiência intelectual grave, sem o desenvolvimento da linguagem, com padrões repetitivos simples e bem marcados de comportamento e déficit importante na interação social, e no extremo oposto, quadros de autismo, chamados de Síndrome de Asperger, sem deficiência intelectual, sem atraso significativo na linguagem, com interação social peculiar e bizarra, e sem movimentos repetitivos tão evidentes.
O termo autismo foi utilizado pela primeira vez, em 1911, pelo psiquiatra suíço Bleuler, associando-o à esquizofrenia, para descrever a perda de contato com a realidade, que gerava uma grande dificuldade ou impossibilidade de comunicação (TALERO et al., 2003; GADIA; TUCHMAN; ROTTA, 2004, MUÑOZ YUNTA et al., 2006; CABRERA, 2007; FERRARI, 2007; SATO, 2008; MEBARAK; MARTÍNEZ; SERNA, 2009).
Em 1943, o psiquiatra austríaco Leo Kanner, radicado nos Estados Unidos, descreveu um grupo de onze casos clínicos de crianças em seu artigo originalmente intitulado Autistic disturbances of affective contact, utilizando-se da mesma expressão, pois as crianças investigadas por ele apresentavam inabilidade para se relacionarem com outras pessoas e situações desde o início da vida, falha no uso da