Adjunto adnominal e complemento nominal e suas abordagens em várias gramáticas
Análise
Grosso modo, as seis gramáticas analisadas podem ser divididas, em relação à forma como apresentam os temas do complemento nominal e do adjunto adnominal, em dois grupos:
- um primeiro grupo, composto pelas gramáticas de Evanildo Bechara, Napoleão Mendes de Almeida e Pasquale e Ulisses, que discorrem, de maneira mais teórica e aprofundada, sobre esses dois temas;
- e um segundo grupo que utiliza outro formato: conceito sucinto seguido de vários exemplos. Fazem parte deste grupo as gramáticas de Celso Cunha, Luiz Antônio Sacconi e Domingos Cegalla.
No primeiro grupo, Bechara utiliza-se de linguagem complexa e faz uma análise aprofundada e detalhista dos temas. Acrescenta conceitos não tratados nas outras gramáticas analisadas, como o de determinantes nominais, para os casos de adjuntos adnominais, e as classificações de complementos nominais: subjetivo passivo, objetivo, terminativo etc (estes são tratados, também, por Sacconi, porém, de forma menos detalhada). Os tópicos sobre complemento nominal e adjunto adnominal não funcionam isoladamente, pois ele utiliza conceitos tratados em outros capítulos de seu livro, como o conceito de sintagma. Não há um quadro explicativo das diferenças entre complemento nominal e adjunto adnominal. Trata-se, portanto, da gramática mais indicada para quem já tem uma boa base de conhecimento de Língua Portuguesa.
Napoleão Mendes de Almeida, na sua explicação sobre o tema, é o único a utilizar a relação do complemento nominal com os casos latinos genitivos. Chama a atenção para os casos em que a utilização de preposição antes dos complementos nominais geram ambiguidade, como em “amor da virtude”/”amor à virtude”. E alerta para a confusão entre adjunto adnominal e predicativo. Um detalhe interessante a notar-se é a forma imperativa como Napoleão constrói o seu texto, com