adilia lopes e a intertextualidade

Adília Lopes e a intertextualidade

Neste trabalho será destacado o diálogo que a poetisa Adília Lopes mantém com a obra
“O Fim do Mundo” de Nuno Bragança.
A princípio apresentaremos brevemente algumas questões pertinentes para um entendimento geral da obra de Adília Lopes, cabe aqui destacar três aspectos que são recorrentes em sua poesia. O primeiro ponto a ser ressaltado na poesia de Adília Lopes é a problematização do fazer poético. Outro ponto constantemente observado na sua poesia é a relação entre sua vida e sua obra que muitas vezes se confundem. E por último damos destaque para a linguagem utilizada por Adília Lopes, trata-se de uma linguagem concisa e precisa que procura alcançar o máximo de significação, valendo-se apenas do mínimo.
Passada esta apresentação inicial de Adília Lopes e de sua poesia, vale destacar ainda alguns mecanismos literários presentes em sua obra são eles: a paródia, a intertextualidade e a ironia. Neste trabalho nos deteremos na intertextualidade. Vamos discutir a relação existente na poesia de Adília Lopes com outros escritores e mais especificamente com a obra “Do Fim do Mundo” de Nuno Bragança e destacar o papel que a intertextualidade exerce em sua poesia bem como algumas particularidades de seu fazer poético.
Para discutir a intertextualidade na obra de Adília Lopes tomaremos como base o livro
“Dobra” da autora e nos basearemos ainda em obras teóricas como “Grande Angular
Comparatismo e práticas de Comparação” de Helena Carvalhão e Modernidade,
Identidade e a Cultura de Fronteira de Boaventura de Sousa Santos.
Adília Lopes, ao construir um discurso intertextual com a obra de Nuno Bragança, procura soluções verbais ou formais, para a temática do romance “Do Fim do Mundo”.
Ela une a intertextualidade, somada a outros mecanismos linguísticos próprios de sua escrita, para gerar, “desvios” durante a leitura. Fazendo com que sua poesia possa ganhar diferentes caminhos interpretativos.
Em sua maioria, os