ADESÃO DOS USUÁRIOS DO SUS AO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE
12741 palavras
51 páginas
1 INTRODUÇÃOO perfil epidemiológico brasileiro vem se modificando de forma considerável nas últimas décadas. Atualmente as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam a maior causa de morbidade em países industrializados e sua incidência está aumentando, rapidamente, nos países em desenvolvimento devido à transição demográfica e às mudanças nos estilos de vida da população (PEREIRA, 2007).
As mudanças nos hábitos de vida, com aumento do sedentarismo, pelo incremento de tecnologias no cotidiano, e modificações nos padrões alimentares, assim como, a própria evolução da estrutura etária da população são apontados como as principais causas do aumento do diabetes mellitus na população. A exceção do último, os demais fatores podem ser modificados, mas para isso são necessárias intervenções também de dimensões populacionais por meio de políticas específicas na busca pela incorporação de hábitos mais saudáveis (PEREIRA, 2007). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de portadores do diabetes mellitus em todo o mundo era de 177 milhões em 2000, com expectativa de alcançar 350 milhões de pessoas em 2025. No Brasil a prevalência de diagnóstico médico prévio de diabetes e estimada na população adulta foi 6,3%, segundo o Vigitel 2010 (BRASIL, 2011).
Segundo dados do VIGITEL (BRASIL, 2011), em 2011, 5,8% dos adultos residentes em Campo Grande relataram ser diabéticos, o equivalente a 32.856 pessoas. Até julho de 2012, a rede pública de Campo Grande contava com 22.676 pacientes diabéticos cadastrados no programa específico, dos quais 14.832 eram também hipertensos.
Segundo Rossi (2005), o diabetes mellitus é um problema de saúde pública de grande magnitude, pois causa um grande impacto social, uma vez que está associada a complicações incapacitantes, que comprometem a produtividade, a qualidade de vida, além de envolver altos custos de tratamento no âmbito familiar e do sistema público de saúde.
Com relação às complicações