Adesigualdade no mundo
No Brasil, um dos assuntos recorrentes quando se fala do pais é a sua desigualdade. Temos áreas que se igualam ao chamado Primeiro Mundo e, outras, que estão ao nível de países africanos extremamente pobres.
Economistas, políticos, sociólogos, enfim, estudiosos de todos os quilates buscam não só explicação para a existência dessa desigualdade, mas querem, também, achar soluções para ela, melhorando as áreas onde existem bolsões de pobreza.
Se no Brasil é assim, como é no mundo? Se olhado de forma global, a situação é bem pior que aqui. Um estudo feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) divulgada na terça-feira e que não ganhou destaque na mídia brasileira nos dá bem uma visão de como é a situação do mundo.
De acordo com o estudo, apenas 2% dos adultos existentes no mundo detêm 50% de toda a riqueza mundial. E as pessoas que detém este poder estão, praticamente em sua totalidade, nos Estados Unidos, na Europa e em alguns paises asiáticos, como o Japão e Coréia do Sul.
De outro lado, 50% da população mundial tem apenas 1% da riqueza global. A desigualdade é tanta que o diretor do organismo da ONU responsável pela pesquisa fez uma analogia: Se a população do mundo fosse reduzida a 10 pessoas, uma delas teria 99% de toda a riqueza mundial.
Para se ter uma idéia, de uma população que beira os seis bilhões de pessoas, apenas 37 milhões de pessoas tem mais de um milhão de dólares. E, deles, pelo menos 50% vivem nos Estados Unidos e Europa.
Os números provam que, se o Brasil é desigual, o mundo é muito mais. Não que isso nos exima de melhorar. Não exime. Mas em termos globais não estamos tão mal