Adequação da linguagem ao contexto
Os editais em geral usam os seguintes parâmetros para a correção da redação:
- Estrutura e conteúdo, que são respeito ao tema e à modalidade de texto propostos, além de clareza e lógica na exposição das idéias;
- Expressão, ou seja, domínio da norma culta da Língua Portuguesa e de suas estruturas (adequação vocabular, ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação).
Os dois tópicos têm peso igual, por isso, tudo deve ser rigorosamente respeitado.
O primeiro tópico refere-se ao tipo de texto que será pedido ao candidato para que ele desenvolva. Por exemplo, se for pedida uma dissertação, o candidato deve respeitar os moldes desse tipo de texto: tese, argumentação e conclusão separadas claramente por parágrafos objetivos com uma linguagem culta e distanciada, sem deixar de abordar, claro, o tema apresentado pela banca.
O segundo tópico é aquele que vai conduzir a correção dos erros gráficos (correta escrita das palavras, acentuação, hífen, separação das palavras), morfológicos (forma correta de cada palavra, sobretudo conjugação dos verbos), sintáticos (estruturação das orações, uso correto dos complementos de cada verbo e do sujeito), de pontuação (cuidado com aspas, dois pontos, ponto-e-vírgula, pontos de exclamação e interrogação e principalmente vírgula) e de adequação vocabular, tema da aula de hoje.
Muitas palavras podem assumir significados diferentes segundo o contexto. Dizemos que elas se encontram em sentido deslocado. É como dizia Carlos Drummond de Andrade em Procura da poesia: “cada uma (a palavra) tem mil faces sob a face neutra”. Isso quer dizer que por meio do contexto pode-se atribuir significados diferentes a uma mesma palavra.
Entretanto, isso não acontece à revelia. Deve-se respeitar o raio de ação da palavra em questão para que não se cometa um erro de adequação vocabular.
Agostinho Dias Carneiro em seu livro Redação em Construção* descreve seis critérios de adequação vocabular, listados a seguir:
1.