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2º ANO – CAP. 13: Quem faz e como se faz o
Brasil?
Brasil – A sociologia e o mundo do trabalho

Fonte: Tempos modernos, tempos de sociologia. Coordenação Helena Bomeny, Bianca
Freire-Medeiros. São Paulo: Editora do Brasil, 2010, p. 8-9. (texto adaptado)
Prof. Hudson Oliveira

A categoria trabalho se constitui, ainda hoje, um campo “privilegiado”, mas não único, para compreensão das transformações no mundo, da vida cotidiana, enfim, das formas de sociabilidade, de construção de identidades, de subjetividades e das representações que irão se constituir na forma de pensar e agir no mundo social. O fechamento de postos de trabalho, a precarização, o subemprego, a informalidade, a terceirização, bem como o surgimento de novos postos de trabalho tem por consequência transformações na vida das pessoas, em seus valores e nas suas formas de se relacionar com o outro. Deve-se observar a estreita ligação entre o trabalho e a representação que se faz daquele semtrabalho. Em outras palavras, existe, ainda, um conjunto de crenças e valores culturais em que os indivíduos são classificados e rotulados, agora mais do que antes, entre vencedores e perdedores.
Portanto, estar na condição de sem-trabalho pode implicar em exclusão, pobreza, enfim, em um deslocamento de referenciais de estabilidade como família, relações de amizade e de desespero em relação ao futuro.

1- Trabalho compulsório
As primeiras experiências de trabalho no
Brasil foram compulsórias – os nativos eram aprisionados, e os negros eram trazidos da
África para servir de mão de obra nas lavouras.

Ao longo do tempo esses dois grupos sofreram grandes perdas, devido aos deslocamentos por mar e terra até chegarem aos seus destinos como escravos, às péssimas condições de trabalho e aos maus-tratos que sofriam. A abolição da escravidão no Brasil no final do séc. XIX não significou a extinção dessa prática, nem resultou na incorporação dos descendentes de