Adaptação da escala de Riff
O presente trabalho teve como objetivo principal o estudo do bem-estar psicológico, para isso, buscou-se fazer a adaptação e a validação da escala de bem-estar psicológico de Carol Ryff da versão espanhola de D. van Dierendonck para o contexto brasileiro. Participaram da pesquisa 189 estudantes da área de saúde da Universidade Federal do Vale do São Francisco, com idades entre 17 e 40 anos. Eles responderam a versão brasileira da escala e questões sócio-demográficas. A escala foi composta por 39 itens e seis fatores. A escala mostrou uma boa consistência interna, com valores α de Cronbach compreendidos entre 0,85 (auto-aceitação) e 0,41 (relações positivas). Entretanto, as análises fatoriais confirmatórias não mostraram um nível de ajuste satisfatório ao modelo teórico proposto de seis fatores. Para melhorar as propriedades psicométricas da escala, aponta-se a possibilidade de uma nova versão reduzida de cinco fatores.
Introdução
O Bem-estar é um tema que vem despertando interesse entre alguns estudiosos, a busca ao enigma do sentido da felicidade. As classificações científicas mais aceitas na atualidade no campo da psicologia é a de Ryan e Deci (2001), que o categoriza em duas perspectivas distintas: Bem-estar Hedônico que aborda o estado subjetivo da felicidade e o Bem-estar eudemônico que trata do bem estar psicológico, que será tratado neste trabalho.
O estudo sobre o bem-estar psicológico tem grande influência com os trabalhos de Ryff em 1989 e, mais tarde, Ryff e Keyes em 1995. Foram, os dois marcos importantes na literatura sobre este tema. Segundo o trabalho destes, para uma boa análise nesta perspectiva são necessários seis componentes que permitem abstrair o funcionamento do psicológico: Auto-Aceitação; Relacionamento positivo com outras pessoas; Autonomia; Domínio do ambiente; Propósito de vida e crescimento pessoal. Estes autores entendem que uma ciência preocupada com a experiência subjetiva positiva contribui