Acumulação primitiva

RESUMO: A ASSIM CHAMADA ACUMULAÇÃO PRIMITIVA

A acumulação primitiva é somente um sistema histórico que desagregou o trabalhador rural dos meios de produção. É considerado primitivo porque institui a gênese do capital e do modo de produção capitalista. Surgiu do arrancamento da mais-valia.
A libertação da servidão foi uma das perspectivas do movimento histórico, que desencadearam as transformações dos produtores em assalariados. Entretanto, os emancipados se tornaram vendedores da força de trabalho, isto, aconteceu depois que lhes foram extraídos todos os meios de produção. A expropriação dos camponeses constituiu a base do processo de acumulação primitiva. Com a libertação da servidão e o primeiro passo para a revolução, foram criadas bases para o modelo capitalista de produção ocorrido no último terço do século XV e nas primeiras décadas do século XVI. Com a desagregação dos vassalos feudais, foi arremessada ao mercado de trabalho uma massa de proletários. A prosperidade da indústria de lã, o aumento coerente dos preços, estimularam diretamente as manifestações violentas de expropriação na Inglaterra. A decrepita nobreza fora destruída pelos conflitos. A nova era o resultado do seu tempo, e, para esta, o dinheiro era o poder dos poderes. Sua obsessão era transformar as terras de lavoura em pastagens para ovelhas.
As denuncias populares e as leis que, a partir de Henrique VII, se dedicavam a reduzir a expropriação dos pequenos arrendatários e dos camponeses não tiveram nenhum resultado prático. Conforme Bacon:

Naquele tempo (1489) aumentaram as queixas sobre a transformação de terras de lavouras em pastagem (para criação de ovelhas etc.) fáceis de cuidar por poucos pastores; e arrendamentos por tempo determinado, vitalícios ou anualmente revogáveis (dos quais vivia grande parte dos yeomen) foram transformados em domínios senhoriais. Isso provocou uma decadência das cidades, igrejas, dízimos. (...) Na cura desse mal, a sabedoria do rei do Parlamento