Acumulação primitiva
A acumulação primitiva é anterior à acumulação capitalista, é o ponto de partida deste modo de produção. Os historiadores burgueses a vêem apenas como a vitória sobre o poder feudal e os empecilhos que ele criava ao desenvolvimento da produção, mas ela vai muito além disso. Na verdade, observou-se a transição da exploração feudal para a exploração capitalista.
As condições básicas da produção capitalista são, de um lado, o proprietário dos meios de produção, que compra a força de trabalho alheia; e, por outro, os trabalhadores livres, que vendem sua força de trabalho. Para que estas condições fossem atingidas, foi necessária a dissociação entre os trabalhadores e os meios pelos quais realizam o trabalho. A acumulação primitiva transformou em capital os meios de subsistência e de produção e os produtores diretos em assalariados:
Como as relações de vassalagem caracterizavam uma descentralização do poder, os reis se empenharam em dissolvê-las visando à soberania absoluta.
O aumento da demanda por lã, decorrente do crescimento da manufatura têxtil, levou os senhores feudais a expulsar os camponeses das terras, a fim de transformar as áreas de cultivo em áreas de pastagem, o que consistia em uma atividade muito mais lucrativa.
Isso lançou ao mercado de trabalho uma massa de proletários, indivíduos que não tinham outra alternativa a não ser vender sua força de trabalho
A lei se tornou veículo do roubo de terras pertencentes ao povo: decretos permitiam a apropriação das terras comuns pelos senhores
A Reforma Protestante