Acuidade visual
Muitas pessoas idosas são acometidas por doenças e agravos crônicos não transmissíveis (DANT) - estados permanentes ou de longa permanência - que requerem acompanhamento constante, pois, em razão da sua natureza, não têm cura. Essas condições crônicas tendem a se manifestar de forma expressiva na idade mais avançada e, frequentemente, estão associadas (comorbidades). Podem gerar um processo incapacitante, afetando a funcionalidade das pessoas idosas, ou seja, dificultando ou impedindo o desempenho de suas atividades cotidianas de forma independente. Ainda que não sejam fatais, essas condições geralmente tendem a comprometer de forma significativa a qualidade de vida dos idosos (Caderno de Atenção Básica nº19, MS). Um dos maiores problemas que atingem os idosos é a baixa acuidade visual. Da mesma forma que com outros sistemas orgânicos, o olho é afetado pelo envelhecimento. As alterações estruturais e funcionais acometem de maneira lenta e gradual. A percepção visual depende da integração de diversos sistemas neurossensoriais e estruturas que envelhecem em velocidades diferentes. O olho é um órgão do sentido altamente especializado e sensível sujeito a inúmeros distúrbios, muitos dos quais afetam diretamente a visão (BRUNNER, 2006). De acordo com o envelhecimento fisiológico, a estrutura da visão começa a degenerar-se em torno de 60 anos de idade, a presbiopia pode desenvolver-se, essa deficiência é a incapacidade de deslocar o foco do longe para o próximo. Uma possível justificativa para essa perda é que o envelhecimento do cristalino no idoso é menos flexível e não pode mudar facilmente o formato a partir da ação do músculo de focalização ao qual está ligado (BRUNNER, 2006). A visão prejudicada afeta a independência de uma pessoa no auto cuidado, as opções de trabalho e estilo de vida, a sensação de auto-estima, a segurança, a capacidade de interagir com a sociedade e a qualidade geral de vida. Muitas das causas