acromegalia
1. Introdução A acromegalia é uma doença crônica debilitante, que resulta da exposição ao excesso circulante de hormônio de crescimento (GH) após o fechamento epifisário dos ossos longos. Quando a hipersecreção crônica do GH inicia-se na infância ou adolescência, previamente à fusão das epífises, ocorre o quadro de gigantismo hipofisário. Neste, há um crescimento ósseo linear excessivo que, em alguns casos, pode ser exacerbado pela presença de hipogonadismo associado, o que ocasiona uma estatura anormalmente alta. São casos raros e, em geral, mais frequentes no sexo masculino (MARTINS et.al., 2009). O quadro clínico é sistêmico e de evolução insidiosa, com progressão gradual dos sinais e sintomas, o que acarreta um retardo médio do diagnóstico de oito anos. Como a doença evolui no decorrer de vários anos, as alterações podem passar despercebidas pelo próprio paciente e familiares. Muitas vezes, a suspeita clínica é levantada durante uma avaliação com um médico de outra especialidade (clínico geral, oftalmologista, otorrino, cirurgião plástico e reumatologista), em uma consulta odontológica ou como um achado incidental em exame radiológico ou em ambiente público, por alguém que reconhece o aspecto físico do portador da doença (MARTINS et.al., 2009).
2. Epidemiologia Dados de incidência ou prevalência dessa doença na população brasileira não são conhecidos. As referências epidemiológicas utilizadas são obtidas em estudos utilizados na Europa, onde a incidência anual é de 2,8 a 4 casos novos por milhão de habitantes, e a prevalência é de 38 a 69 casos por milhão de habitantes (MARTINS et.al., 2009). A doença incide em todas as raças com freqüência praticamente igual em homens e mulheres. Ela pode ocorrer em qualquer idade, mas o pico de incidência ocorre entre a 3ª e 5ª décadas