Acolhimento na sala de espera de uma uti
INTRODUÇÃO
Ao longo da vida somos preparados e treinados para assumir múltiplos papeis sociais, profissionais e familiares, mas, decerto, nesses papeis não vem incluído o papel de doente e/ou familiar de doente. No entanto, o confronto com situações de crise que a doença arrasta causa rupturas na organização familiar, pois é um momento difícil tanto para o paciente como para seus familiares. Assim, a doença altera a realidade, provocando impacto no quotidiano da família tornando visível:
A vulnerabilidade que acomete todos os que passam por essa situação,
Vivendo um momento de fragilidade e ansiedade devido à enfermidade
Obriga a adaptar-se às regras institucionais.
Desconhecimento dos seus direitos de cidadania.
A situação econômica que rapidamente se deteriora (doenças prolongadas)
Entre outras
É neste cenário que o assistente social trabalha tendo um papel de mediador no contexto hospitalar, intervindo com todos os grupos sociais, sobre as tensões, os conflitos, a violência, desajustamento psicossocial, desconhecimento dos direitos de cidadania, etc.
O assistente social decifra a realidade para construir propostas de trabalho criativas, capazes de preservar e efetivar direitos, facilitando a comunicação entre sistemas tendo sempre como objetivo a inclusão social nesta sociedade desigual. Não existem soluções mágicas, mas temos a disponibilidade e o saber para, em conjunto, traçar caminhos, delinear estratégias que, nesta fase conturbada, ajuda a tornar mais clara e mais ultrapassável a crise que se instalou. Quando, “após a crise, as famílias nos dão o” feedback” e percebemos nas suas atitudes e olhares a importância desta profissão.
A atuação do Assistente Social, no ambiente hospitalar, implica em reforçar as noções de cidadania e de direito à saúde e às demais políticas sociais junto ao paciente, familiares e