Acido fitico
Print ISSN 0101-2061
Ciênc. Tecnol. Aliment. vol.26 no.4 Campinas Oct./Dec. 2006 doi: 10.1590/S0101-20612006000400016
Validação de métodos para determinação dos ácidos fítico e oxálico em multimistura Validation methods to determine phytic and oxalic acids in "multimisturas"
Giancarlo Ubaldo NappiI; Mariem Rodrigues Ribeiro-CunhaI; José Virgílio CoelhoII; Lieselotte JoklII, *
IServiço de Química, Divisão de Vigilância Sanitária, Instituto Octávio Magalhães, Fundação Ezequiel Dias
IIFaculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, R. Gal Andrade Neves, 76/4, CEP 30430-070, Belo Horizonte (MG), Brasil, E-mail: lisejokl@ufmg.br
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RESUMO
Considerando a composição da multimistura distribuída em Belo Horizonte/MG (trigo, fubá, casca de ovo e folha de mandioca), as metodologias de detecção e/ou quantificação dos fitatos e oxalatos foram validadas. A purificação em coluna de troca aniônica forte do ácido fítico e seus derivados desfosforilados extraídos da multimistura apresentou baixos valores de recuperação (49%) nas concentrações menores do fitato adicionado, em relação às mais elevadas (101%), sugerindo a interferência de minerais presentes em altas concentrações, principalmente cálcio. Dos métodos avaliados para a determinação do ácido oxálico, a cromatografia de exclusão iônica foi a que apresentou os melhores resultados, com boas recuperações nos níveis mais altos de adição (88%), apresentando, contudo, recuperação mais baixa nos níveis inferiores de adição (61%). Os teores de ácido fítico nas amostras variaram de 1,61 g/100 g a 2,25 g/100 g e, para o ácido oxálico, de 0,044 g/100 g a 0,057 g/100 g. Os critérios de validação dos métodos analíticos por cromatografia líquida de alta eficiência foram considerados satisfatórios quanto a seletividade e especificidade, linearidade, repetitividade e limites de detecção e quantificação. Contudo, o de recuperação não foi atendido