Acidentes
Desde o dia 20 de abril, uma enorme mancha de petróleo vem se espalhando pelo Golfo do México, uma reentrância do Atlântico que banha cinco estados americanos, além do país que lhe dá o nome. O borrão tenebroso é resultado da explosão da plataforma petrolífera Depwater Horizon, fincada a 60 quilômetros da costa da Louisiana. Na segunda-feira, o presidente americano Barack Obama chegou a comparar o desastre aos atentados terroristas de 11 de setembro. O vazamento já é considerado o maior desastre do tipo na história dos EUA. Em todo o mundo, tragédias ambientais provocadas por derramamento de petróleo é um problema frequente.
Até o acidente com a Deepwater Horizon, o pior vazamento já registrado em território americano foi provocado pelo acidente com o petroleiro Exxon Valdez, em 1989. Após se chocar com uma rocha no Alasca, o navio deixou vazar para o mar 42.000 toneladas de petróleo. A empresa chegou a gastar 1bilhão de dólares para conter a mancha negra que se espalhou por 250 quilômetros quadrados.
Em 2001, um navio derramou 700.000 litros de óleo em santuário ecológico: o arquipélago de Galápagos, lugar que serviu de laboratório para Charles Darwin colher os dados decisivos para colocar de pé a teoria da evolução. A maré viscosa chegou a se estender por 100 quilômetros quadrados, o equivalente à metade da área da cidade do Recife. Antes de se dispersar em manchas menores pelas águas do Pacífico, emporcalhou dezenas de focas, aves e iguanas, num dos mais delicados ecossistemas do planeta.
A brasileira Petrobras também já foi a responsável por acidentes de grande repercussão – mas nem sempre punida de forma exemplar. Em 2000, por exemplo, uma sucessão de erros de funcionários da estatal provocou um acidente que emporcalhou dois rios e despejou quatro milhões de litros de petróleo no Paraná. O óleo vazou de um duto na Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no município de Araucária, e espalhou-se pelos rios Barigui e