Acidentes com aranhas
As aranhas compõem a ordem mais numerosa de aracnídeos, com mais de 35.000 espécies em todo o mundo. Habitam praticamente todas as regiões do planeta. Muitas espécies vivem próximas, e até mesmo dentro de habitações humanas, favorecendo a ocorrência de acidentes. O veneno, produzido por duas glândulas situadas na região das quelíceras, é utilizado na captura de presas e como defesa.
Acidentes causados por aranhas são comuns, porém a maioria não apresenta repercussão clínica. Os gêneros de importância em saúde pública no Brasil são: Loxosceles (aranha-marrom), Phoneutria (aranha armadeira ou macaca) e Latrodectus (viúva-negra). Entre essas, a maior causadora de acidentes é a Loxosceles. Acidentes causados por outras aranhas podem ser comuns, porém sem relevância em saúde pública, sendo que os principais grupos pertencem, principalmente, às aranhas que vivem nas casas ou suas proximidades, como caranguejeiras e aranhas de grama ou jardim.
Descrição do agravo
Aranhas são animais invertebrados pertencentes à ordem Araneae. São caracterizadas por possuírem um exoesqueleto de quitina, onde a cabeça e o tórax são fundidos (cefalotórax ou prossoma) e de onde saem quatro pares de patas, um par de pedipalpos, que funcionam como órgão sensorial, e um par de quelíceras, onde fica situado o ferrão. As fiandeiras, órgão capaz de produzir a seda, estão situadas no abdômen (opistossoma). Araneísmo é o nome atribuído aos acidentes com aranhas. Quase todas as aranhas, com exceção de duas famílias, produzem e armazenam secreção nas suas glândulas de veneno. Porém, as aranhas consideradas de importância médica pertencem a quatro gêneros, três deles encontrados no Brasil:
• Loxosceles (aranha-marrom): Não é agressiva, pica geralmente quando comprimida contra o corpo. Tem um centímetro de corpo e até três de comprimento total. Possui hábitos noturnos, constrói teia irregular como “algodão esfiapado”. Esconde-se em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou