Acidente Radiotivo
O acidente radioativo de Goiânia, Goiás, aconteceu no dia 13 de setembro de 1987. No ocorrido foram contaminadas dezenas de pessoas que morreram acidentalmente pelas radiações emitidas por uma cápsula do radioisótopo Cloreto de césio, de número 137, sendo chamado de Césio-137. Foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior radiológico do Planeta.
Tendo origem da cápsula de Cloreto de Césio continha 74 Terabecquerels (TBq) em 1971. O irradiador havia sido desativado em (1985) e se encontrava abandonado numa edificação pertencente ao Instituto Goiano de Radioterapia. Dois catadores de sucata chamados Roberto dos Santos e Wagner Mota invadiram o prédio abandonado e observaram um volume muito pesado, constatando ser um bloco de chumbo, venderam para o dono de um pequeno ferro-velho, Devair Alves Ferreira, que vendo a luminosidade estranha e bonita da pedra, fez um anel para a sua esposa, Maria Gabriela Ferreira, com fragmentos do Césio-137, tendo o seu braço amputado no dia seguinte, devido a alta intensidade raios gama.
Foi no ferro-velho de Devair que a cápsula de Césio foi aberta para o reaproveitamento do chumbo, o dono do ferro-velho expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de Césio-137 (CsCl), um sal muito parecido com o sal de cozinha (NaCl), mas que emite um brilho azulado quando em local desprovido de luz. Devair ficou encantado, com isso mostrou a descoberta para a mulher Maria Gabriela, bem como o distribuíu para familiares e amigos. Devair passou pelo tratamento de descontaminação no Hospital Marcílio Dias, no Rio, e morreu sete anos depois.
Tão logo expostas à presença do material radioativo, as pessoas em algumas horas começaram a desenvolver sintomas: náuseas, seguidas de tonturas, com vômitos e diarréias. Alarmados, os familiares dos contaminados foram inicialmente à drogarias procurar auxílio, alguns procuraram postos de saúde e foram encaminhados para hospitais.
Os profissionais de saúde, vendo os sintomas,