Acesso e Permanência com Sucesso: A Avaliação Escolar do Aluno
A Organização das Nações Unidas, estimulada por movimentos sociais cada vez mais veementes e organizados em prol do tema Deficiência, elegeu o ano de 1981 como o
Ano Internacional da Pessoa Deficiente. A partir desse marco, o conceito de inclusão passou a ser debatido em todo o mundo, através da realização de Congressos,
Conferências e da aprovação de Declarações, Convenções, Leis, Decretos e Políticas.
Em 1990 foi realizada a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em
Jomtiem, na Tailândia. O governo brasileiro assumiu, nessa conferência, o compromisso de construir um sistema educacional inclusivo.
Após esse evento, as discussões em torno do tema inclusão se intensificaram. A partir da Declaração de Salamanca (1994) foi averiguada a necessidade da inclusão da própria educação especial na estrutura da educação para todos, que foi oficializada em Jomtiem. Desde então, o princípio que considera a educação como um direito de todos, tornou-se o fundamento básico da Educação Especial no Brasil.
Segundo Booth e Ainscow (2000) a inclusão depende de três dimensões interrelacionadas, quais sejam: a construção de uma cultura inclusiva, de política inclusiva e de práticas inclusivas.
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A dimensão da cultura inclusiva é a possibilidade da criação de uma comunidade escolar segura, acolhedora, colaborativa e estimulante na qual cada sujeito é valorizado. Esses valores devem ser compartilhados por toda a comunidade escolar (estudantes, familiares, membros do conselho escolar, professores funcionários e gestores). Uma comunidade acolhedora é a base para a convivência de respeito e valorização das diferenças, implica no desenvolvimento de valores que mobilizam as pessoas a pensarem, viverem e organizarem o espaço da escola, incluindo nele todos as crianças.
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A dimensão política assegura que a inclusão seja o centro do desenvolvimento da escola, fomentando todas as ações e as