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A Ilha de Hispaniola foi descoberta por Cristóvão Colombo no ano de 1492, nela construiu “a primeira fundação europeia no Novo Mundo, o Forte da Natividade” (SEITENFUS. 1994. p.27).
Por muito tempo seus colonizadores, os espanhóis escravizaram os nativos na extração de ouro, e também na produção agrícola, porém, “a escassez de mão-de-obra indígena entre os anos de 1517 e 1540, fez com que trinta mil homens fossem trazidos do continente africano para trabalharem compulsoriamente nas lavouras de cana” (MATIJASCIC, 2009, p.3). No final do século XVI, a França se interessou pela região, levando-os a ocupar parte do território, em meados do século XVII. Diante dessa situação envolvendo dois países colonizadores na mesma região, espanhóis e franceses. De acordo com Vanessa Braga Matijascic (2009), é oficializado o Tratado de Ryswick, sendo este um acordo de paz entre os países europeus após a Guerra da Liga de Augsburgo (1688-1697), na qual foi cedido aos franceses o território já ocupado pelos mesmos. Sendo assim:
A França denominou a nova possessão como Saint-Domingue: “Conhecida como a Pérola das Antilhas, a mais rica colônia da monarquia francesa contava, na época, com sete mil e oitocentas propriedades agrícolas, onde se produziam café, algodão e, sobretudo açúcar” (SEITENFUS, 1992, grifo do autor, p.1). A monocultura e o sistema de mão-de-obra escrava ofereciam enormes vantagens econômicas à metrópole. Para assegurar tal fonte de riquezas, a estrutura da sociedade colonial era extremamente rígida (MATIJASCIC, 2009, p. 3).
Neste período o Haiti ficou conhecido como a “Pérola das Antilhas”. De acordo com Eduardo Galeano (1971):
Ao norte e a oeste, Haiti converteu-se em sorvedouro de escravos: o açúcar exigia cada vez mais braços. Em 1786, chegaram à colônia 27 mil escravos, e no ano seguinte 40 mil. No outono de 1791, explodiu a revolução. Num só mês, setembro, duzentas plantações de cana