Acelerador de Partículas
O estudo das partículas elementares que constituem o núcleo atômico ganhou novo impulso com o uso do acelerador de partículas, máquina desenvolvida a partir de 1927, com base nas pesquisas do físico americano Ernest Orland Lawrence.
Acelerador de partículas é um dispositivo que eleva a energia das partículas subatômicas, de valores sumamente baixos até valores que se situam entre alguns milhões e vários bilhões de elétrons-volt. São aplicados na pesquisa básica das interações fundamentais, na terapia do câncer, na produção de isótopos radioativos, na radiografia industrial e na polimerização de plásticos. O primeiro acelerador de partículas foi construído na Universidade de Cambridge, Inglaterra, pelos físicos ingleses J. D. Cockcroft e E. T. S. Walton, que obtiveram a primeira reação nuclear induzida artificialmente. A partir de então, a importância dos aceleradores na pesquisa básica tornou-se comparável à dos microscópios e telescópios. Cockcroft e Walton ganharam o Prêmio Nobel de física de 1951.
De acordo com a disposição geométrica dos campos eletromagnéticos responsáveis pela aceleração das partículas, os aceleradores são classificados em dois tipos básicos: lineares e cíclicos. Aceleradores lineares. Em um acelerador linear a partícula segue uma trajetória reta e sua energia final é proporcional à soma das voltagens geradas pelos mecanismos aceleradores dispostos ao longo da trajetória. Existem dois tipos de aceleradores lineares. O primeiro utiliza um campo magnético longitudinal móvel para fornecer energia cinética aos elétrons. A câmara de aceleração é um tubo de vácuo cilíndrico que funciona como um guia de ondas para o campo acelerador. As sucessivas seções aceleradoras são excitadas por um amplificador de potência de vários megawatts. Uma onda progressiva caminha no guia de ondas e,