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Usada em missões de espionagem na China, a aeronave 21-B era programada para se autodestruir após atingir seus objetivos. (Fonte da imagem: Reprodução/AMARC)
Desenvolvido em uma parceria entre a força aérea dos Estados Unidos e a CIA, o D-21 é um dos aviões não tripulados mais interessantes da história. Construído pela Lockheed em 1962, o veículo contava com um motor Marquardt RJ43-MA-11 e era capaz de atingir velocidades superiores a 3.500 quilômetros por hora (Mach 3), o que o tornava perfeito para realizar missões de espionagem em territórios hostis.
O lançamento da aeronave era feito através de duas “naves-mães” batizadas como M-21, que se tratavam de versões modificadas do avião Blackbird. Assim que a missão fosse completada, o D-21 deveria retornar em segurança até uma área previamente designada, momento no qual lançaria o filme fotográfico contendo as imagens secretas que havia capturado — feito isso, o veículo simplesmente iria se autodestruir, apagando qualquer evidência de sua existência.
O programa teve que sofrer modificações após a morte de Ray Torrick, Oficial de Controle de Lançamento, resultada do choque entre um D-21 e uma aeronave M-12 Blackbird. Com isso, a Lockheed foi forçada a mudar o modo de lançamento utilizado, resultando na fundação de um novo programa batizado como “Senior Bowl”.
Programa Senior Bowl
A nova versão da aeronave D-21, rebatizada como D-21B, passou a ser lançada de versões modificadas de aviões B-52H, que contavam com um sistema de lançamento elétrico e câmeras de alta velocidade responsáveis por registrar as missões. O veículo não tripulado foi usado somente em quatro missões, todas ocorridas em território chinês.
Porém, devido a problemas técnicos, em nenhuma delas a CIA conseguiu registrar as imagens que desejava — um dos aviões utilizados chegou a perder o controle durante o voo e foi parar no meio da Sibéria. Com a melhoria das relações