acadêmica

Resenha do Capitulo 1 do livro PRECONCEITO LINGUÍSTICO de Marcos Bango

Esta obra trata das várias formas de preconceito linguísticos , de como ele constituiu-se desde a formação do Brasil até os dias atuais. Marcos Bango analisa a nossa realidade sociolinguística sob três focos: O primeiro é o da norma padrão, isto é, a partir do modelo idealizado de língua ‘’certa”; o segundo foco, aponta o conjunto das variedades prestigiadas, faladas pelos cidadãos de maior poder aquisitivo, de maior escolarização, de maior prestígio social; terceiro, o conjunto das variedades estigmatizadas , falada pela maioria da população, seja nas zonas rurais, seja nas periferias, ou em qualquer lugar onde há menor acesso a escolarização de qualidade.
O preconceito linguístico está ligado, em boa parte à confusão que fazemos entre língua e gramática normativa. Primeiro faz-se necessário desmitificar que gramática não língua, muito embora faça parte dela.
O preconceito linguístico se dá em separar a forma “certa” da forma “errada” de se falar, ignorando as variedades linguísticas existentes no nosso país. Outra forma de preconceito é desdenhar das várias formas de falas, fazendo separação de pessoas superiores e inferiores.
Para melhor entender esta forma de preconceito, o autor destaca oito mitos que os brasileiros tem de si mesmos e de sua língua falada.
Mito número 1: O português do Brasil apresenta unidade surpreendente.
Este é o mais sério dos mitos (destaca o autor), pois nos supõe um (pré)conceito irreal de unidade linguística. Este mito torna-se prejudicial á educação por não reconhecer a diversidade social e cultural do Brasil, negando assim o caráter multilíngue de nosso país. A ciência sociolinguística já comprovou que não existe nenhuma língua do mundo que seja homogênea, toda e qualquer língua humana apresenta variação.
Pelo fato de o português brasileiro apresentar auto grau de diversidade e variabilidade, por diversos fatores mas sobretudo pelas disparidades na