Acadêmica
Quem tem medo de Virginia Woolf?: psicopatologia, tempo e criatividade em
Mrs. Dalloway
Who’s afraid Virginia Woolf?: psychopathology, time and creativity in Mrs. Dalloway táki athanáSSioS cordáS1, renato luiz marchetti2
Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP),
Programa de Transtornos Alimentares (AMBULIM) do IPq-HCFMUSP.
2 FMUSP, Ambulatórios do IPq-HCFMUSP, Projeto de Epilepsia e Psiquiatria (PROJEPSI) do Programa de Neuropsiquiatria do IPq-HCFMUSP.
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Recebido: 24/6/2010 – Aceito: 18/5/2011
Resumo
Contexto: Há um crescente interesse na relação entre transtornos psiquiátricos, particularmente transtorno bipolar do humor e criatividade. Objetivos: Explorar a presença de aspectos ligados à vida pessoal e à história médica da autora inglesa Virginia Woolf, portadora de um transtorno do humor bipolar grave, em sua obra literária. Métodos: Foi utilizado como objeto de pesquisa um de seus livros mais importantes, Miss Dalloway, frequentemente citado como paradigmático do romance moderno. Resultados: A exploração de conceitos como a vivência do tempo e aspectos de suas experiências delirantes durante as fases da doença são descritos e analisados dentro de contexto psicopatológico. Conclusão: O brilhantismo artístico do uso de experiências pessoais vividas durante períodos de sua doença em Miss Dalloway não apenas enaltece a obra de Virginia Woolf, como abre interessante exemplo para o estudo da relação arte-doença mental, ainda pouco explorado na obra da autora.
Cordás TA, Marchetti RL / Rev Psiq Clín. 2011;38(6):261-4
Palavras-chave: Romance, modernidade, pós-modernidade, criatividade, transtorno bipolar.
Abstract
Background: There is a growing interest in the relationship between mental illness, mainly bipolar disorder and creativity. Objectives: To explore the presence of aspects