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Pódio triplo, lenda nas piscinas, polêmica no tamanho das próteses. Sede dos próximos Jogos Paralímpicos, o que já desperta inevitável atenção, o Brasil atraiu olhares externos também pelo desempenho dos atletas. O país encerrou sua participação na edição londrina com recorde de medalhas de ouro conquistadas e a inédita sétima colocação no quadro-geral.
Com o ouro de Tito Sena na maratona T46 na manhã deste domingo (9), o país se despede com 43 medalhas: 21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze. O sétimo posto era a meta traçada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Em Pequim, há quatro anos, foram 47 pódios, mas com 16 medalhas de ouro, o que deixou o país na nona colocação geral. Em Londres, o país terminou em sétimo. O objetivo do CPB para 2016 é que a delegação alcance a quinta posição. Em Londres, a Austrália terminou na posição ao conquistar 31 ouros (83 medalhas no total).
Ao contrário dos Jogos Olímpicos, em que tradicionalmente o Brasil conquista mais medalhas em esportes coletivos, a maioria dos pódios paralímpicos foi de atletas individuais. Apenas o futebol de 5, o goalball masculino e a bocha em duplas conquistou medalhas coletivas em Londres. Outros 26 atletas foram responsáveis pelas demais 40 medalhas.
As medalhas, mais uma vez, foram polarizadas entre o atletismo e a natação. No estádio olímpico, foram 18 medalhas. A 19ª medalha do atletismo foi conquistada nas ruas, na maratona T46. Nas piscinas, o Brasil obteve 14 medalhas, com nove de ouro, uma a mais do que o atletismo.
O desempenho no centro aquático ocorreu, sobretudo, pelo fenômeno chamado Daniel Dias. O nadador retorna ao Brasil com o status de lenda do esporte. Foram seis finais individuais e seis ouros. Quatro recordes mundiais e um paralímpico. Somente a nadadora australiana Jaqueline Freney, com oito triunfos, deixa Londres com mais medalhas de ouros. Somada as outras nove conquistas em Pequim (quatro ouros, quatro pratas e um ouro),