Academia E A Fabrica De Sardinhas
ACADEMIA E A FÁBRICA DE SARDINHAS
Rafael Alcadipani
A luta em uma guerra, a elaboração de plantações ou até mesmo o adestramento de animais requer que alguma forma de gerenciamento seja praticada. Por isso, não podemos pensar a sociedade, mesmo que a mais rudimentar, sem a função gestão. Não obstante, ensinamos aos nossos alunos dos cursos de graduação que o “pai” da administração é um engenheiro Norte-Americano que realizava, entre outras coisas, estudos de tempos e movimentos. Frederick Taylor não inventou a administração.
Seu principal legado foi popularizar a racionalização extrema e metódica como sinônimo da melhor maneira de se administrar e gerar resultados em organizações.
O taylorismo foi utilizado pelo mundo como a solução para os problemas das empresas ao, pretensamente, indicar a forma correta e certa de gerir. Apresentou-se como aplicável para todo e qualquer tipo de organização, não importando seu contexto e especifi cidades. Era, ainda, considerado neutro, ou seja, como um conjunto de ferramentas que favorece o melhor resultado, nada além disso.
Depois do taylorismo, o mundo não cessou de ver modelos, maneiras e métodos que se apresentam como formas universais e corretas de se administrar. Na realidade,
Taylor criou a primeira grande ideologia gerencial, o primeiro gerencialismo. Qualidade
Total, Sistemas Integrados de Gestão, ISO-9000, Reengenharia são apenas algumas marcas do gerencialismo. Embora tais marcas mudem, a sua essência permanece a mesma: pretensão de aplicação universal, proposta de solução única para os diversos problemas, neutralidade política e a valorização do conhecimento do gestor em detrimento dos demais. O gerencialismo se propõe como a solução para a minimização dos inputs e a maximização dos outputs. O modelo corporativo, permeado pela ideologia gerencial, solidifi cou-se na contemporaneidade como “a