Academia Militar
A Rainha D. Catarina de Bragança, filha de D. João IV e viúva (1685) de Carlos II, Rei de Inglaterra, regressou a Portugal, em 1693 e construiu no sítio da Bemposta o Paço da Rainha.
Por cima das portas da entrada principal da Academia Militar ainda hoje se pode ver o Brasão de Armas da Rainha D. Catarina. As armas em lisonja partidas, o primeiro de Inglaterra, Escócia e Irlanda e o segundo de Portugal entre dois Tenentes - Leão e Licorne.
É neste Palácio que, durante os dois períodos em que foi Regente do Reino de Portugal, deu despacho. Pela primeira vez, em 1704, em virtude de seu irmão, o Rei D. Pedro II, ter marchado com o Exército que apoiava o Arquiduque Carlos de Austria na Guerra de Sucessão de Espanha: pela segunda em Janeiro de 1705, durante a doença de seu irmão.
D. Catarina faleceu em 31 de Dezembro de 1705 tendo deixado, em testamento, o Palácio da Bemposta ao Rei seu irmão.Mais tarde, o Rei D. João V, por decreto de 14 de Julho de 1707, doou à Sereníssima Casa do Infantado todas as dependências do Palácio e Quinta da Bemposta. Como tal, neste Palácio (Casa do Infantado) habitaram alguns Infantes entre os quais D. Francisco, irmão de D. João V e D. Pedro III, irmão de D. José.
Por virtude do terramoto de 1755 o Palácio sofreu muitos danos procedendo-se de imediato à sua reconstrução.Em 1803 aqui habitava e tinha a sua corte o Príncipe regente D. João, futuro Rei D. João VI.
Já depois do regresso da Família Real, em Junho de 1821, D. João VI voltou para o Palácio da Bemposta no qual, com o objectivo de o tornar mais habitável, mandou efectuar várias obras nos anos de 1822, 1824 e 1825, principalmente nos quartos por detrás da Capela e no andar nobre voltado para a parte do jardim.
Neste Palácio desenrolaram-se os factos políticos mais importantes da época de D. João VI como sejam os decorrentes da chamada Vila-Francada e os da Abrilada e aqui