abuso sexual e traumatismo psiquico
De 1905 a 1920, Freud explica o desenvolvimento sexual infantil e elabora a metapsicologia psicanalítica. O paradigma da situação traumática passa a ser as fantasias originárias, envolvendo angústias de sedução, castração, referindo as cena primária e ao complexo de Édipo. O trauma passa a ser envolvido em relação á urgência e pressão das pulsões sexuais e á luta que o ego trava contra elas, e os conflitos e as vivências traumáticas a ser estudados e compreendidos a partir das fantasias inconscientes e da realidade psíquica interna.
Em 1037,1939 Freud retomou suas preocupações a respeito das neuroses traumáticas dizendo que quando estímulos externos e internos ultrapassam a barreira de escudo protetor do ego, eles provocam um efeito surpresa e provocam uma excessiva angústia difusa, sendo o efeito devastador.
Traumatismo designa a concepção genérica do trauma, é o que aparece no tratamento psicanalítico, como os aspectos representáveis do efeito traumático da organização fantasiosa do sujeito.
Dolto (1982) assinala que as mulheres vítimas de abuso sexual na infância correspondem aos casos mais difíceis de serem tratados psicanaliticamente, sobre tudo quando é imposto á criança o silêncio adulto abusador culpabilizado, tirando-lhe desta forma toda via de simbolização e possibilidade de elaboração. Ferenczi (1933) também considerava que a culpa sentida pelo adulto infrator por sua postura é transmitida á criança