Abuso sexual na infância
O presente trabalho procura esclarecer algumas questões a respeito do abuso sexual na infância através de artigos já publicados, observando quais são as conseqüências que as vítimas dessa violência têm que enfrentar, em muitos casos, pelo resto de suas vidas.
Palavras-chave: abuso sexual, infância, trauma
"O abuso sexual deixa a maioria das pessoas incomodadas. É triste pensar que adultos causem dor física e psicológica nas crianças para satisfazer seus próprios desejos, especialmente quando esses adultos são amigos ou confiáveis membros da família." (Watson, 1994, p.12)
Definições de abuso sexual
Esta forma de violência pode ser definida como qualquer contato ou interação de uma criança ou adolescente com alguém em estágio mais avançado do desenvolvimento, na qual a vítima estiver sendo usada para estimulação sexual do perpetrador. A interação sexual pode incluir toques, carícias, sexo oral ou relações com penetração (digital, genital ou anal). O abuso sexual também inclui situações nas quais não há contato físico, tais como voyerismo, assédio, exposição a imagens ou eventos sexuais, pornografia e exibicionismo. Estas interações sexuais são impostas às crianças ou aos adolescentes pela violência física, ameaças ou indução de sua vontade (Azevedo & Guerra, 1989; Thomas, Eckenrode & Garbarino, 1997).
As agressões sexuais contra crianças sempre existiram na maioria das civilizações. Entretanto, antes da década de 1950, a sexualidade geralmente era considerada um tabu e havia pouca pesquisa a respeito desse tema (Blanchard, 1996). Atualmente, todavia, a situação de abuso sexual na infância tem recebido crescente atenção tanto dos meios de comunicação como do meio acadêmico (Kristensen, 1996). Alguns autores (Flores & Caminha, 1994; Finkelhor, 1994) sugerem, inclusive, que a real freqüência de abusos tenha permanecido regularmente constante, o que parece estar aumentando é a atenção que é dada atualmente ao problema.
A definição de Christoffell,