ABSORÇÃO ATÔMICA
A espectrometria de absorção atômica baseia-se na absorção de radiação UV-VIS por átomos neutros gasosos no estado fundamental. Nesta técnica, o que é medido diretamente não é a quantidade de luz absorvida, pois não se pode colocar um detector junto a cada átomo, para ver se ele absorve o fóton. Normalmente o que se faz é medir a luz que passa, e não a absorvida.
Quando um feixe de luz com potência P0 incide sobre a região que contém os átomos capazes de absorver os fótons, após passar por essa região, sua potência muda para P, menor do que P0, pois parte da luz foi absorvida. Então, a nova potência é detectada.
A intensidade de P depende de vários fatores como: intensidade de P0, concentração dos átomos na região, distância percorrida pelo feixe de luz, o comprimento de onda λ da luz incidida e das espécies dos átomos que absorvem a luz. Para medir a concentração dos átomos, os outros fatores não podem variar e deve-se manter o mesmo λ para o mesmo tipo de amostra, a mesma distância percorrida e a mesma intensidade de P0.
Como P depende de P0, deve-se garantir que P0 seja sempre igual nas diferentes medições. Dessa forma, mede-se a razão P/P0, e não apenas P. A essa razão dá-se o nome de transmitância (T), definida como: T=P/P0.
Essa razão independe da intensidade isolada de P ou de P0. A porcentagem de transmitância (%T) também é utilizada, onde %T = 100T. Os valores de T variam de 0 a 1, e a porcentagem de T varia de 0 a 100. A medida de P0 é feita com a região desprovida de dos átomos que absorvem, por exemplo. Dessa forma, o decréscimo de transmitância em P será devido única e exclusivamente à ação da espécie atômica absorvente.
A relação entre a transmitância e a concentração não é linear, mas sim uma relação exponencial inversa, isto é:
T = 10-kC
Onde k é uma constante de proporcionalidade, que pode ser alterada pelas condições experimentais, e C é a concentração. A fim de se escapar de uma relação matemática