Absolutismo europeu tendo como base a França
Pode-se dizer que o absolutismo é a concentração total de poder nas mãos do rei, que usava justificativas ideológicas como arma para estar em tal cargo, tais como a de Direito Divino e a teoria Maquiavélica. O rei poderia criar leis sem autorização ou aprovação política da sociedade, bem como impostos e taxas de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando a controlar o clero em algumas regiões, como é o caso da Inglaterra. Os poucos limites que haviam, para que não perdesse seu poder, era a manutenção dos privilégios da nobreza, clero, e dos interesses da burguesia.
Um exemplo foi o absolutismo francês, que vigorou entre os séculos XVI e XVIII. O regime absolutista na França começou a se formar após o final da Guerra dos Cem Anos (1337-1453). Embora vencedora, a França encontrava-se desorganizada com vários sistemas jurídicos, privilégios e tradições. O rei surgiu como um elemento centralizador capaz de dar unidade política e econômica à França.
O primeiro monarca a seguir a linha absolutista na França foi Luís XI, que usou vários esquemas para estender a sua autoridade. Mas o ápice, foi com o rei Luis XIV, conhecido também como “Rei Sol”. Luís XIV assumiu o trono em 1651, aos 13 anos. De 1661 até o final de seu reinado, governou sozinho a França, sem nomear um primeiro-ministro, como era o costume. Exerceu de maneira centralizada suas prerrogativas reais, associando sua figura a imagens míticas, como a do Sol. Ele foi um dos maiores exemplos de rei absolutista, não apenas pelo grande poder que exerceu, mas por toda a organização político-social que construiu em torno de si mesmo. Isso explica a famosa frase