ABSENTEÍSMO EM AMBIENTE DE CALL CENTER: UMA NOVA MODALIDADE DE GESTÃO DE PESSOAS
Heloisa Cristina Torres Soares Gersgorin2
“Quando estiver na cabeceira da cama de seu paciente, não esqueça de perguntar-lhe onde trabalha, para saber se na fonte de seu sustento não se encontra a causa de sua enfermidade.” Bernardino Ramazzini- século XVII
RESUMO
O objetivo deste trabalho é analisar índices de absenteísmo-doença entre profissionais operadores de teleatendimento de empresa no ramo de previdência e assistência a saúde durante o período de 11/2008 a 11/2009. Foram obtidos junto à seção de Recursos Humanos, dados de assiduidade de 280 trabalhadores de Call Center , e calculados os índices de freqüência, gravidade e proporção de tempo perdido. As variáveis disponibilizadas foram tempo de trabalho na função, categoria funcional, sexo e carga horária semanal. Dados de pesquisas realizadas sobre absenteísmo com pessoal de hospital e do ramo industrial e empresarial foram utilizados para a análise e comparação com o presente estudo. A função de técnico ou auxiliar de enfermagem representou a maioria da população (82,6%), a jornada de trabalho de 36 horas semanais foi realizada por 90,6% dos pesquisados e 93,5% eram do sexo feminino. O índice de freqüência de absenteísmo foi de 2,88 afastamentos iniciados por empregado/ ano, o de gravidade foi de 12,27 dias perdidos por empregado/ano, e a proporção de tempo perdido foi de 5,56% ao ano. Os enfermeiros tiveram índice de freqüência menor que o de auxiliares e técnicos. Os índices encontrados neste trabalho foram maiores do que a maioria dos estudos realizados com profissionais de hospitais. A fim de minimizar o fenômeno como reflexo do impacto das condições desfavoráveis para a saúde do trabalhador, propõe-se diminuir da exposição às cargas de trabalho e melhorar a política de saúde do trabalhador para os servidores da categoria.
ABSTRACT This report aims to analyze sick leave rates