Absenteísmo: as conseqüências na gestão de pessoas
Izidro Penatti1 José Sebastião Zago2 Oswaldo Quelhas3 izidro.penatti@dcx.com jose.zago@dcx.com quelhas@latec.uff.br
1 Universidade Federal Fluminense - Niterói, RJ, Brasil
2 Universidade Federal Fluminense - Niterói, RJ, Brasil
3 Universidade Federal Fluminense - Niterói, RJ, Brasil
RESUMO
O presente trabalho analisa práticas de gerenciamento do absenteísmo em organizações da cadeia produtiva da indústria automobilística.
A estratégia de pesquisa utilizada é exploratória: a partir de pesquisa bibliográfica, de campo e estudo de caso, é apresentada contribuição para o conhecimento das causas e conseqüências do absenteísmo. O estudo possibilita abordar os efeitos decorrentes de programas que tratam o absenteísmo e analisa a sua eficiência. São apresentadas recomendações que podem constituir-se em diretrizes para a gestão de pessoas nas organizações brasileiras, para o efetivo gerenciamento das causas e conseqüências do absenteísmo.
Palavras-Chave: Absenteísmo; Gestão de pessoas; Sistemas de produção; Competitividade.
1. INTRODUÇÃO: O ABSENTEÍSMO COMO MOTIVAÇÃO PARA PROGRAMAS
DE MELHORIA NA INDÚSTRIA BRASILEIRA.
Esse termo originou-se da palavra “absentismo” aplicado aos proprietários rurais que abandonavam o campo para viver na cidade. No período industrial, esse termo foi aplicado aos trabalhadores que faltavam ao serviço (Quick & Laperlosa, 1982).
Estudos citados por Lee e Eriksen (1990) indicam que o absenteísmo é inversamente proporcional à satisfação no trabalho, e a ausência pode ser considerada uma forma de se afastar de pequenas situações indesejáveis. A observação de fatores como condições de trabalho, natureza da supervisão, estilos de liderança, participação na tomada de decisões e relacionamentos profissionais pode ajudar a entender o impacto do absenteísmo nas organizações. O índice de absenteísmo refere-se ao controle das ausências nos momentos em que os
trabalhadores