Aborto
Não se trata de obediência a uma doutrina, a uma norma eclesiástica, nem tampouco a total inobservância de tais diretrizes o que faz uma pessoa se posicionar adequadamente aqui. Trata-se de uma questão anterior a própria religiosidade, que parte da própria condição de sermos e existirmos como ser humano, esse animal racional que pensa, decide e age livremente.
E quais seriam então as principais razões contra o aborto? Vejamos algumas:
Desde 1839 a ciência reconhece que a vida humana se inicia na concepção. Não existem tratados de embriologia que neguem esse fato.
Este embrião que está vivo cresce com autonomia, tem sexo definido, é completo e se desenvolverá até a sua morte a partir de tudo o que já possui agora.
Como todo ser humano o nascituro só precisa de três condições para seguir sua vida: oxigênio, nutrição e tempo. Retire algo e ele (e nós) morrerá.
A vida intrauterina é apenas uma das etapas do desenvolvimento de um ser humano, assim como a infância, a adolescência, a idade adulta e idosa.
Eliminar qualquer etapa significa encerrar as demais fases futuras de uma mesmíssima vida.
Se o feto não é algo, mas gente, pessoa humana, possui uma vida que o pertence e a mais ninguém, não pode ser disposto arbitrariamente, portanto.
Ainda que o nascituro esteja temporariamente dentro do corpo de sua mãe, ele não é parte deste corpo. Numa gestação temos duas vidas e dois corpos.
50% dos bebês abortados são mulheres, o que demonstra que o aborto não é instrumento de defesa feminino.
Se existe direito ao aborto temos real direito a matar qualquer um, a diferença será apenas a idade da vítima.
Todo aquele que existe, incluindo os próprios defensores do aborto, vive porque teve acesso primeiramente a um direito à própria vida já estabelecida.
Se cada ser humano advém de uma fase fetal, só podem existir direitos humanos se garantido primeiro o direito a própria vida. Nenhum direito pode existir para o homem se o homem não tem garantia nem de vir a