Aborto

Aborto, um tema ainda bastante polêmico atualmente. Até bem pouco tempo minha opinião sobre o aborto era bastante simples, sou veemente contra e pronto, a não ser para os casos previstos em lei. Como mãe, penso, como seria se não tivesse tido os meus filhos? Após uma série debates e estudo sobre o assunto, tenho que concordar que minha opinião mudou um pouco. Os casos previstos em Lei são bastante justos, mas acredito que esse direito deva se estender mais um pouco.
Não concordo com a posição de alguns grupos feministas que defendem a realização do aborto em qualquer situação e indiscriminadamente como se fosse arrancar um dente. Acredito que a vida começa a partir da fertilização do óvulo. Como dizer para uma mãe que descobriu que está com 2 semanas de gestação que ela não tem um filho em seu ventre, para mim é impensável.
Na minha opinião, apesar de ter uma formação religiosa, a Religião não deveria tomar parte deste assunto, pois é uma questão legal, já que o Brasil, constitucionalmente, é um Estado laico, por isso, não devemos generalizar a opção de cada um em relação à Religião. Mesmo que seja legalizado, cada um tem o livre arbítrio para fazer o que achar certo, não é porque a lei do adultério foi revogada que todo mundo vai sair por aí traindo seus companheiros. Por isso os valores religiosos devem ser restritos na estrita esfera do pessoal e do privado.
A mulher tem o direito sim de dispor do seu próprio corpo, tem o direito de querer ser mãe ou não, mas se não quer, tira logo o útero e pronto, tá resolvido o problema. O que não pode é querer que o aborto seja tratado como uma “pílula do dia seguinte”. Hoje em dia até as crianças sabem que existem métodos contraceptivos, então, tanto o homem quanto a mulher têm obrigação de tomarem este cuidado, é bem verdade que ainda existe muita resistência por parte do homem em usar camisinha, mas infelizmente, cabe à mulher dizer não, ela não é obrigada a fazer sexo com seu companheiro de forma insegura, a final as